A educação tradicional precisa ser repensada. O propósito fundamental da educação não é mais apenas preparar os alunos para o mercado de trabalho, mas sim ajudá-los a alcançar seu máximo potencial pessoal. Em um mundo pós-AGI (Inteligência Artificial Geral), a educação deve se concentrar em desenvolver cidadãos engajados, pensadores críticos e excelentes comunicadores.
Para alcançar esse objetivo, é necessário priorizar habilidades como comunicação, leitura, escrita, alfabetização, história e retórica. Além disso, a educação deve enfatizar habilidades sociais, inteligência emocional e relacionamentos. É fundamental também priorizar competências básicas como matemática, STEM e programação, que podem reformar fundamentalmente o cérebro e criar benefícios neurológicos duradouros.
Além disso, a educação primária deve priorizar essas habilidades sobre os assuntos tradicionais, e o aprendizado de múltiplos idiomas deve ser uma chave foco. Isso significa que a educação deve ser mais personalizada, com mais tempo individualizado com professores, tutores e mentores. Isso requer um aumento significativo no número de professores, o que é atualmente um desafio.
A forma como as escolas funcionam também precisa mudar. O horário de início das aulas é um legado da revolução industrial e condiciona as crianças a sacrificar o sono e ignorar suas necessidades físicas. Em vez disso, as escolas devem começar mais tarde, às 9h ou 10h, com programas opcionais para os que se levantam cedo. Isso permitiria mais tempo para socializar, brincar, comer e se exercitar antes do início da jornada escolar.
Finalmente, a lição de casa deve ser eliminada. A evidência científica mostra que mais lição de casa não leva a mais aprendizado. Em vez disso, a lição de casa condiciona as crianças a acreditarem que seu tempo não lhes pertence e que devem sempre estar “no relógio”. Em um mundo redefinido, a lição de casa seria eliminada para que as crianças aprendam que seu tempo livre lhes pertence e que seus corpos e necessidades são seus próprios.